sábado, 1 de março de 2008

Tratamento Espiritual.

Do jeito que eu estava não dava pra ficar, precisava fazer alguma coisa por mim mesma, me trancar dentro de casa só iria piorar as coisas, então pensei no tratamento espiritual, porque se eu fosse direto para tratamento psicológico ou psiquiátrico, teria que tomar remédios e tudo que eu não queria pra mim naquele momento era depender de medicamentos pra dormir, anti-depressivo etc; como moro ao lado de uma Obra Social Espírita fui ao tratamento espiritual urgente, o tratamento consiste em assistir palestras esclarecedora acerca das inúmeras formas de obsessão, receber passe magnético espiritual, trabalho prático e voluntário relacionados a caridade etc; foram seis meses de tratamento com bastante trabalho, inclusive fiquei como voluntária em uma creche da Obra em período integral, recebendo ajuda de custo pelo período matutino em que dava aulas de evangelização às crianças, uma vez que à tarde era só pra cuidar e cumprir com a rotina e programação do local, ou seja passava o dia todo ocupada, envolvida com a religiosidade e caridade, buscando em Deus a paz de espírito, tão desejada. Com todo esse esforço em melhorar, ainda sentia os sintomas: crises de pânico nas madrugadas, por muitas vezes não dormi e busquei na leitura edificante, focar meus pensamentos em vibrações mais valorosas, quando um balão estourava e eu não via o que era, o susto tomava conta de mim e sentia tonturas, falta de ar, coração acelerado; graças a Deus trabalhar no bem faz muito bem!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Demissão

O laudo psicológico foi entregue ao recursos humanos do banco e dia 5 de novembro de 2004, fui informada que deveria comparecer às 11:00h na sala da diretoria do banco, entrada pela Escola, para assunto de demissão. Mesmo com medo, entrei e constatei que minha demissão estava pronta era só eu assinar. Como se não soubesse de nada o Presidente perguntou o que estava acontecendo, contei tudo que escrevi até agora aqui no blog, ele olhou pra mim e falou "mas é só por isso", como se tudo isso não fosse difícil o bastante pra mim, pra ele é fácil falar porque não é ele que enfrenta o assaltante como os caixas, aliás ele nunca está presente nos assaltos e ainda diz que está tranqüilo porque paga seguro de vida aos funcionários, se alguém morrer a família será indenizada... Após 10 anos prestando serviço ao banco me sentia péssima, porque estava saindo do banco dessa forma, fui acusada de fraca, irresponsável por faltar serviço apenas por medo, tive que ouvir que estava inventando motivo pra sair só pra receber o fundo de garantia, ouvi que o laudo psicológico não tem valor algum, qualquer um que pagar um profissional pega um atestado etc. Ou seja, jamais imaginava que iria passar por tanta humilhação junta, já estava abalada pelo trauma e agora, então, com sérias possibilidades a depressão. Assinei a papelada com lágrimas nos olhos e com o coração apertado aceitei o acordo, onde teria que devolver a multa dos 40% porque o assaltante já tinha levado em torno de dezesseis mil e o banco não tinha como dispor de mais seis mil; ah! e a papelada foi feita com data retroativa como se eu já tivesse cumprido aviso prévio, segundo o presidente, para não ficar feio pra mim; como eu estava fragilizada fui ouvindo tudo em silêncio e não consegui sequer me defender de todas aquelas acusações, então pensei em Deus, pedi força e coragem pra superar a situação e um dia conseguir recuperar minha dignidade, uma vez que o trabalho dignifica o ser humano.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Síndrome do Stress Pós Traumático

Não consegui dormir na noite de quinta-feira, dia 29 de outubro de 2004, sexta-feira, não consegui sequer tomar banho para ir ao trabalho, só chorava e sentia medo de entrar no banco, tinha receio até em ligar pra lá, então liguei pra casa da minha mãe e relatei o que estava acontecendo, disse: "Mãe eu não estou em meu estado normal, estou chorando, sentindo medo, não consigo nem tomar banho, acho que preciso de uma psicóloga, devo estar traumatizada" e contei o que havia acontecido nos dias anteriores, então minha mãe ligou conversou com um dos presidentes do banco, que providenciou uma consulta com Psicóloga, onde contei tudo que havia acontecido desde o dia do assalto até a data da consulta, ela diagnosticou Síndrome do Stress Pós Traumático e passou laudo psicológico dizendo que eu precisava me afastar do banco por uns quatro meses, fazer um tratamento/acompanhamento, para que pudesse retornar as minhas funções de caixa, ou ser transferida a outro setor, assim que houvesse recuperação total, recuperando a confiança na vida e nas pessoas, no trabalho e em mim mesma.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O Trauma - 2ª parte

Dia 28 de outubro, cheguei ao trabalho e o tesoureiro do banco pediu que eu não abrisse o caixa, uma vez que a folha de pagamento dos professores havia chegado e eu teria que lançar nas contas correntes respectivamente; gostei, pois, como estava muito sensibilizada e sentido medo, seria bom não abrir o caixa e ficar correndo risco, esse era o meu pensamento naquele instante ser caixa era se arriscar e ficar a mercê de assaltantes etc. Fui para o CPD e enquanto digitava a folha de pagamento, de repente olhei para o relógio e os ponteiros marcavam 12:45 h, então começou o transtorno novamente, atordoando minha mente, comecei olhar para o vídeo onde fica aparecendo as imagens da porta giratória e dos caixas, esse era o horário aproximado do assalto, fui entrando em desespero, uma voz surgia dominando meus pensamentos, dizendo "eles vão entrar, vai ter assalto, vai ter assalto"; como essa situação não passava, resolvi ir até a copa tomar água, assim que cheguei haviam dois colegas, falei o que estava acontecendo comigo e um deles falou que eu estava impressionada com o assalto que foi violento; senti tontura e falta de ar, perda de equilíbrio, era como se minha cabeça inchasse e pesasse para trás, fui até o setor médico da Escola, a pressão estava normal e quando retornei pela porta dos fundos do banco, não conseguia entrar, sentia medo, avançava um passo, voltava dois, nesse momento percebi a presença de uma jovem que não usava uniforme e dizia estar apenas conhecendo a Escola, só que ali era só a porta dos fundos do banco, não tinha nada de interessante, daí que não consegui entrar, porque comecei a pensar que talvez ela estivesse com algum assaltante, ou observando como é a entrada dos fundos para outro assalto etc. Fiquei ainda mais descontrolada, tentei entrar no banco mas não conseguia ter coragem, duas colegas me levaram para sala de reuniões e fizeram prece com as mãos dadas e impostas, como o medo persistia levaram-me para casa, fora do banco estava tudo bem o problema era permanecer dentro dele e como fazer para ir trabalhar no dia seguinte?

sábado, 2 de fevereiro de 2008

O Trauma

Durante o decorrer da semana e principalmente no dia seguinte ao assalto, sentia-me a pessoa mais feliz do mundo, pois sobrevivi a um assalto a mão-armada e violento; mesmo com forte dor no ouvido direito, que permaneceu por dois dias consecutivos, porque o assaltante gritava muito alto, consegui concentrar na necessidade de ir trabalhar e mesmo com medo de entrar no banco trabalhei bem até quarta-feira da semana seguinte, dia 27 de outubro de 2004, em que cheguei ao banco e abri o malote no caixa para colocar o dinheiro na gaveta e observei que havia pouco; automaticamente pensei na possibilidade de haver outro assalto, daí a pergunta: e se o assaltante pedir mais dinheiro? serei eu a enfrentar a situação; o medo tomou conta de mim e a sensação era de perigo o tempo todo, parecia que a qualquer momento entrariam novamente a anunciar outro assalto, o que fazer a não ser pensar em Deus, pedindo coragem, porque é preciso trabalhar, continuei, então, o meu serviço. Após um tempo de atendimento, entrou na agência um homem com olhar firme, usando jaqueta verde musgo, com pasta e capacete pretos, ficou na fila, eu jamais havia visto esse homem na agência uma vez que era para uma clientela específica; então saí correndo em direção ao CPD, onde estavam três colegas, que puderam ver o meu estado de medo e desespero, pois eu chorava, ria e tremia ao mesmo tempo, a única coisa que conseguia falar era: "gente eu não estou bem, eu não sou assim, nunca senti esse medo assim dessa maneira tão desesperadora, o que eu faço?", então relatei o que estava acontecendo e um dos colegas foi verificar, dizendo se tratar de pagamento de várias faturas com cheque de outro banco, de valor muito alto, uma vez que a colega do caixa falou que não poderíamos aceitar uma vez que não era permitido tal operação, o homem retirou-se da agência, pode ser que eu estivesse realmente sismada ou poderia tratar-se de estelionato. Por instantes recordei-me do dia em que retornando ao trabalho após quatro meses em licença maternidade, atendi um cidadão que veio até o caixa pagar uma fatura com cheque do mesmo banco da fatura, olhei pra ele, algo me avisava que teria problemas com essa pessoa, mas como estava afastada e havia acabado de chegar, sendo que em determinadas situações prestávamos esse serviço aos clientes, aceitei, arrisquei, confiei na tentativa de ajudar e depois de alguns dias me "lasquei", tive que pagar o cheque no valor de quase dois mil reais, que havia sido devolvido; por isso que os clientes devem entender o trabalho dos caixas e não insistir em um serviço que não seja autorizado, uma vez que o banco não se responsabiliza. Paguei, assumindo a conseqüência do ato de confiar em uma pessoa e além de pagar materialmente, fui moralmente ofendida pelo presidente do banco, que chamou minha atenção diante de todos os colegas, humilhando e abusando do seu poder de patrão, fiquei triste, mas superei e passei a não confiar mais em ninguém e diante desse quadro de trauma e lembranças traumatizantes, sentia-me pior. Quando uma pessoa erra, está errando na tentativa se acertar, não erra porque deseja e o preconceito a respeito do erro, envolve uma história de vitórias e derrotas da humanidade, com situações de humilhação e maldade; daí pensei "quem será a pessoa pior? o estelionatário que roubou meu dinheiro através de um papel? ou o presidente do banco, que marcou reunião com todos os colaboradores para me humilhar, ameaçar e denegrir minha imagem? o que pensar? talvez pudesse ser uma das inúmeras formas de alimentar o preconceito em relação a maternidade, uma vez que percebia nitidamente que todas as vezes que eu resolvia ter meus filhos, amados, planejados e esperados, sentia o preconceito e a torcida contrária do inconsciente coletivo, principalmente por parte do patrão, mas ainda assim poucas pessoas apoiavam minha opção em ser mãe de mais de dois filhos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O Dia do Assalto

O assalto ocorreu em 18 de outubro de 2004, naquela segunda-feira o banco abriu as portas como de costume e tudo corria bem, até que eu percebi dois homens desconhecidos conversando com a secretária estagiária, indagando qual o procedimento para troca de cheque, ao que a secretária informou, eles se retiraram da agência. Assim que os homens saíram perguntei a mesma, se ela os conhecia, respondendo negativamente, relatei que a situação me fizera recordar de um assalto ocorrido em 1998, em que dois homens vieram até o caixa em que eu atendia, fazendo perguntas a respeito de poupança, enquanto um deles interrogava e eu respondia que a agência era somente para servidores da Instituição de Ensino Federal, onde o banco funcionava, o outro observava o interior da mesma e em um tempo depois, no mesmo dia, realizaram o assalto, onde permaneci deitada no chão com arma apontada em direção a minha cabeça; por isso é que a sena chamou-me a atenção e a partir de então, falei aos colegas e pedi ao segurança terceirizado que prestava serviço na agência, que ficasse atento diante da situação. Foi aí que em torno de 12:45 h, ocorreu o assalto, onde outros dois homens, não os mesmos que abordaram a secretária, entraram, o primeiro passou pela porta automática armado, informando o assalto olhou nos meus olhos, mirando a arma em minha direção, gritando muito alto para que o segurança liberasse a porta ao outro assaltante, que usava capacete e estava com arma de fogo nas mãos, preso na porta giratória; o segurança foi rendido e teve sua arma retirada do cinto, liberou a porta e deitou-se no chão, momento em que todos nós que estávamos dentro da agência, tanto clientes do caixa como funcionários, já deitados no chão, ouvíamos os gritos estridentes e ameaças assustadoras proferidas pelo primeiro que entrou, que até a dona da farmácia em frente ao banco ouviu a gritaria, ficando apreensiva; assim que o segundo assaltante entrou, pulou o balcão do caixa e ordenou que eu levantasse e colocasse o dinheiro no malote, então pedi que pelo amor a Deus, tivesse cuidado com a arma que eu iria fazer o que estava pedindo, nesse momento senti muito medo, mas levantei-me, com as mãos elevadas, abri rapidamente a gaveta, peguei o malote, coloquei o dinheiro e afastei-me, ficando em pé, com o rosto virado pra parede, enquanto a outra colega que atendia no outro caixa, terminava de colocar o dinheiro no malote e entregava ao assaltante; assim que escutei o som da porta giratória por onde os assaltantes saíram, virei, olhei todos deitados no chão, exceto a colega caixa que ainda em pé, com as mãos na cabeça, falava "minha nossa"!, então falei que todos poderiam levantar, pois os assaltantes já haviam saído e pedi para avisarem a polícia. Foi aí que olhei pra colega que havia colocado dinheiro no malote para os assaltantes, também e comecei a chorar, dar gargalhadas e tremer ao mesmo tempo, até que consegui ficar mais calma e fomos fechar os caixa para ver o quanto tinham levado em espécie, para passar o valor aos policiais que já estavam na agência. Resultado passamos a tarde toda na delegacia prestando depoimento e fazendo reconhecimento de alguns bandidos que tem ficha na polícia, que estavam nas imediações e foram pegos, mas não reconhecemos nem um deles e também tinha o detalhe, que um deles estava ferido, sem a menor possibilidade de ter participado desse assalto. Trabalhei nesse banco de dezembro de 1997 a outubro de 2004, passei por dois assalto e escapei de dois, o segundo bastou para que eu passasse a sofrer de síndrome do pânico, que pretendo dividir com todas as pessoas que se interessarem por esse assunto, tanto no sentido de exemplo de lição de vida, força, coragem e superação, quanto para quem está passando por essa situação e acha que não vai conseguir, pois eu digo que tudo é possível e pra tudo há sempre solução, ontem quando assistia ao Jornal da Globo, lembraram novamente do caso daquele menino que foi arrastado no carro preso pelo cinto de segurança, onde informavam o tempo de pena que cada participante do crime terá que cumprir e a gente fica pensando, como é triste porque, tudo que for feito não vai trazer de volta a vida e nem apagar da memória dos pais tal situação, mas como sempre temos que buscar forças do cósmico, para continuar tendo coragem para viver e construir outras realidades, então, que assim seja!; muitas pessoas passam por inúmeras situações e há sempre algo mais triste e pior, por isso mais do que nunca sejamos positivos e otimistas, porque o universo é formado e constituído de muita energia e é essa energia que precisa ser transformada em nós, para refletir em tudo que está em nossa volta para que a humanidade aprenda a ser humana de verdade e compreender que o bem é o único caminho real e verdadeiro a ser seguido, dentro desse processo de humanização.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Transtorno da Ansiedade

O transtorno da ansiedade é um termo que cobre várias formas de ansiedade patológica, medos, fobias e condições nervosas que podem surgir rapidamente ou lentamente durante um período de muitos anos, e que interferem na rotina diária do indivíduo.

Ataque de Pânico

Um ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas incluem tremores, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante.

Na maioria das vezes aqueles que têm um ataque de pânico provavelmente terão outros. Pessoas que têm ataques repetidamente ou possuem uma ansiedade severa em ter outro possuem a chamada transtorno do pânico. Nesses casos, a pessoa passa também a ter fobia (reversível) dos lugares em que teve as crises.

Cura e Controle

A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de terapia cognitivo comportamental monitorada ou simplesmente pela exposição.

Geralmente a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de 6 a 8 semanas. Muitas vezes, a busca pela combinação correta de medicamentos (e mesmo um médico com o qual o indivíduo se sinta confortável) pode levar algum tempo. Assim, um tratamento apropriado acompanhado por um profissional experiente pode prevenir o ataque de pânico ou ao menos reduzir substancialmente sua freqüência e severidade – significando a recuperação e re-socialização do paciente (se for o caso). Recaídas podem ocorrer, mas geralmente são tratadas com eficácia da mesma forma que o primeiro episódio.

Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão nervosa geralmente está associada ao transtorno do pânico, como pode haver alcoolismo e uso de outras drogas. Pesquisas sugerem que tentativas de suicídio são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.

Tratamento

O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas freqüentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico, e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.

O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos, uma nova técnica denominada Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva e um tipo de psicoterapia conhecida como terapia cognitivo comportamental. Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra).

A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um médico de família pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos, e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.

Medicamentos ou técnicas modernas podem ser utilizadas para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico. Tais procedimentos podem incluir:

  • Antidepressivos (ISRS, IMAO, etc.) – tomados regularmente todos os dias para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", nenhum deles tem um efeito anti-pânico bem-definido – muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a combinação com a psicoterapia.
  • Ansiolíticos (benzodiazepínicos) – ministrados durante um episódio de ataque de pânico; não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.
  • Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva é uma técnica indolor que atinge o cérebro de maneira não invasiva, usada desde 1985 em neurologia e desde 1997 no campo da psiquiatria, que pode beneficiar pacientes que são refratários ou que não desejam fazer uso das medicações.

Ocorrência

O transtorno do pânico é um sério problema de saúde mas pode ser tratado. Geralmente ela é disparada em jovens adultos; cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre mais freqüentemente dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.

O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico. Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos, e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existe também algumas evidências de que muitos indivíduos – especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens – podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou medicação em andamento sem um acompanhamento médico especializado.

Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento.

Sintomas

Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico. Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas, e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável, etc.).
Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente – algumas vezes diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas como vergonha, estigma social, ostracismo, etc.). Como resultado disto, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.

O que é

O Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes.