quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
O Dia do Assalto
sábado, 26 de janeiro de 2008
Ataque de Pânico
Um ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas incluem tremores, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante.
Na maioria das vezes aqueles que têm um ataque de pânico provavelmente terão outros. Pessoas que têm ataques repetidamente ou possuem uma ansiedade severa em ter outro possuem a chamada transtorno do pânico. Nesses casos, a pessoa passa também a ter fobia (reversível) dos lugares em que teve as crises.
Cura e Controle
A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de terapia cognitivo comportamental monitorada ou simplesmente pela exposição.
Geralmente a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de 6 a 8 semanas. Muitas vezes, a busca pela combinação correta de medicamentos (e mesmo um médico com o qual o indivíduo se sinta confortável) pode levar algum tempo. Assim, um tratamento apropriado acompanhado por um profissional experiente pode prevenir o ataque de pânico ou ao menos reduzir substancialmente sua freqüência e severidade – significando a recuperação e re-socialização do paciente (se for o caso). Recaídas podem ocorrer, mas geralmente são tratadas com eficácia da mesma forma que o primeiro episódio.
Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão nervosa geralmente está associada ao transtorno do pânico, como pode haver alcoolismo e uso de outras drogas. Pesquisas sugerem que tentativas de suicídio são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.
Tratamento
O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas freqüentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico, e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.
O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos, uma nova técnica denominada Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva e um tipo de psicoterapia conhecida como terapia cognitivo comportamental. Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra).
A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um médico de família pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos, e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.
Medicamentos ou técnicas modernas podem ser utilizadas para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico. Tais procedimentos podem incluir:
- Antidepressivos (ISRS, IMAO, etc.) – tomados regularmente todos os dias para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", nenhum deles tem um efeito anti-pânico bem-definido – muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a combinação com a psicoterapia.
- Ansiolíticos (benzodiazepínicos) – ministrados durante um episódio de ataque de pânico; não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.
- Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva é uma técnica indolor que atinge o cérebro de maneira não invasiva, usada desde 1985 em neurologia e desde 1997 no campo da psiquiatria, que pode beneficiar pacientes que são refratários ou que não desejam fazer uso das medicações.
Ocorrência
O transtorno do pânico é um sério problema de saúde mas pode ser tratado. Geralmente ela é disparada em jovens adultos; cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre mais freqüentemente dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.
O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico. Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos, e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existe também algumas evidências de que muitos indivíduos – especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens – podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou medicação em andamento sem um acompanhamento médico especializado.
Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento.